terça-feira, janeiro 24, 2006

Irmã Glenda










Ir. Glenda nasceu em 5 de janeiro de 1971, em Parral, cidade onde também nasceu Pablo Neruda; a uma hora do mar e a quatro da capital, Santiago do Chile. Passou toda sua vida não muito distante daí, em Linares, onde fez os seus estudos, um tempo algum tempo num colégio religioso e a maior parte em institutos públicos.

A sua mãe, professora de matemática, era católica praticante. Seu pai, também professor, num liceu técnico, não apenas era descrente, como sempre se opôs fé, ao ponto de Glenda ser batizada apenas aos 4 anos.

Recebeu o seu primeiro chamamento de fé aos 14 anos, quando ainda estava no Liceu. No seu curso haviam poucas meninas católicas, as restantes eram de outras religiões e muitas agnóticas.

Iniciou muito cedo a sua busca pela verdade. O Seu pai, um livre pensador sempre a induzia a conhecer outras religiões, outros sistemas de pensamentos, outras filosofias. Glenda, que sempre foi muito afeiçoada pela música, começou a compor canções de amor ao seu primeiro noivo (teve somente três: dois transitórios e um “verdadeiro” conta rindo-se).

Pouco a pouco foi se aproximando de Deus através da música religiosa, já que cantava na missa aos domingos, na catedral de sua cidade. Glenda conta que, pouco a pouco, ia entendendo o que ia cantando. Depois da missa ficava a olhar ficçamente a cruz e perguntando ao Senhor: “é verdade que morrestes por mim? Que sentido tem a vida? Por quê...?”

Num festival de música diocesano ofereceram-lhe uma Bíblia. O Seu desejo de conhecer a Deus era tão grande, que ela conta que a leu inteira, de Gênesis ao Apocalipse, num ano. Porém ao chegar a uma passagem do evangelho de João, no capítulo 3, versículo 16, Glenda não pode continuar a leitura. Disse que teve sua primeira experiência de Deus. Sua mente e coração se abriram ao ler: “Porque de tal maneira amou Deus ao mundo que entregou seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crer, não se perca, mas tenha a vida eterna”.

Depois desta primeira experiência Cristã veio sua experiência Apostólica. Ai se pôs a trabalhar com mulheres encarceradas. Era tão miúda que não a queriam deixar entrar, porém ela insistiu: “posso fazer alguma coisa... mesmo que seja jogar ping-pong com as presas (dos 14 aos 60 anos). Glenda necessitava comunicar sua experiência de Deus: “Porque eu experimento o amor que Deus tem por mim e os outros não? Essa inquietude movia-a a entregar-se ao conhecimento de Deus.

Logo após este chamamento à fé cristã-católica começa a nascer misteriosamente no coração de Glenda um interesse pela vida religiosa. Olhava as monjas e pensava: “Que fantástico deve ser viver somente para Deus!” Um dia seguiu, sem ser vista, uma religiosa e atreveu-se a tocar a borda do seu hábito, “queria saber como era”.

Um domingo, lendo o folheto dominical distribuído na igreja, viu vários endereços de comunidades religiosas. Ao escrever para essas recebeu resposta de vários institutos e ordens religiosas. Porém foi, novamente, através da música que o Senhor encaminhou sua vida. Num festival religioso, onde Glenda foi convidada a cantar, conheceu as irmãs da Consolação. Rapidamente lhes perguntou: “Irmãs, ao ver um pobre eu vejo Cristo, o que me está a acontecer? (Glenda ainda temia falar de vocação... se o seu noivo soubesse!). As irmãs convidaram-na a visitar, com elas, as comunidades do campo, a participar da catequese com jovens. “Ou melhor, disseram-lhe, Deus chama-te”. Quando contou ao seu noivo, ele diretamente disse: “Glenda, será que você não quer ser freira?”

Em 1988 Glenda dá o passo definitivo, com muita dor no coração, deixa seu noivo e entra para as Irmãs da Consolação. “Isso é o que sempre fiz em minha vida, diz Glenda, consolar e isso é o que quero seguir fazendo”.

Fez o postulado e noviciado no Chile durante três anos. Estudou dois anos de Filosofia em Buenos Aires, e trabalhou dois anos com jovens ensinando em Tucuman, no interior da Argentina. Fez seus votos perpétuos em Tortosa, Espanha, na casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora da Consolação; estudou Teologia três anos em Roma. Trabalhou dando aulas em Zaragoza e actualmente estuda Psicologia em Salamanca, onde também colabora na pastoral juvenil e universitária.

Em 1998 participou, com outras religiosas de sua congregação, do Multifestival David, na Espanha. Ali canta de maneira espontânea algumas canções e conhece Luiz Alfredo Díaz, diretor da Multifestival e da Produções da Raiz, que a convida para gravar o disco: “A sós com Deus”, que a fez conhecida em todo o mundo hispânico. As suas canções são cantadas em paróquias, comunidades, grupos de oração, colégios... de toda a Espanha, Latino americano e Estados Unidos.

Em 2002 participou na Jornada Mundial da juventude de Toronto, cantando “Nada é impossível para Ti”, enquanto o Papa João Paulo II repartia a Comunhão.

Em agosto de 2003 realizou um turnê de apresentações pelas principais cidades do México, para um público de mais de 75.000 pessoas, culminando com suas apresentações em Miami e Orlando.

O disco que a fez conhecida em todo o mundo, “A sós com Deus”, foi feito numa trilogia inspirada no livro dos Salmos (“Tenho sede de Ti, “Com nostalgia de Ti” e “Para Ti toda a minha música”) e recentemente surgiu outra trilogia: “Consola meu povo” (dos volumes cantados com um instrumento).

A Irmã não cessa de fazer novas canções, como quando era pequena: sozinha, diante da cruz, com uma Bíblia e uma guitarra na mão.

Ir. Glenda tem um estilo muito próprio e suave de compor e cantar. As suas músicas são de uma beleza simples e contemplativa.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Gaby & Company




Depois de dez anos de rock&roll, estrada e excessos de todo o tipo, Gaby Soner pôs fim à sua colaboração com a banda Capitan Flynn. Pensava que tinha dificultado a sua relação com os palcos, mas depressa se deu conta que isso era algo impossivel. Que se passou?
Com trinta e tal anos e uma vida feita (assim pensava), numa manhã ocorreu algo que mudaria para sempre a sua forma de ver a realidade.. agora pode dizer que foi uma experiência mistica, visto que afectou aquela parte da sua pessoa que até agora estava velada.
uma manhã, ao tomar o um café, leu um texto de Santa Teresa (aquele que diz: "No me mueve su Dios para quererte...") e durante vários dias deu voltas aquele texto. não sbe como explica-lo, mas foi o detonador para despertar o sentido da sua vida e de tudo que o rodeia.
a sua inquietação levou-o a procurar alguém que o aconselha-se, ppois começou a ter sentimentos desconhecidos para ele até então. Nessa procura encontrou os Irmãos Capuchinhos, mais concretamente com uma fraternidade de incersão que se tinha instalado no seu bairro. o diálogo com os Capuchinhos e a convivência dária com eles levou-o a interessar-se por Jesus de Nazaré em primeiro lugar e depois por Francisco de Assís.
Foi um tempo de graça, de descobrir coisas novas e recordar aquilo em que foi educado, mas que a vida e suas circunstâncias fizeram esquecer. Sem se dar conta, começou um percurso catecumenal, com leitura de livros, vivências, encontros, retiros... Tudo aquilo o apaixonava, e desejava saber e experimentar mais.
A sua fé ia-se consolidado, e os valores franciscanos começaram a fazer parte da sua vida. Sentia que tinha de fazer algo mais pelos desfavorecidos, e não só a nível teórico ou piedoso, por isso começou a colaborar na Cáritas da sua paróquia. Palavras como "irmão" ou "pobre" já faziam parte do seu vocabulário. Mas faltava algo ainda.
Um dia pegou na sua guitarra e cantou a Francisco de Assís. Deu-se conta de que podia colocar em música aquilo que estava sentindo e vivendo e começou a compor. De uma canção surgiu outra, e de outra um reportório, do reportório um disco e do primeiro disco, "Nustro mundo".
Isto o obrigou a permanecer nos palcos, e espero que seja por muito tempo.
Obrigado Gaby pelo teu testemunho.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Simplesmente... Música



“A música desempenha, entre as manifestações do espírito humano, uma função elevada, única e insubstituível. Quando esta é realmente bela e inspirada, fala-nos, inclusive mais que todas as outras artes, da bondade, da virtude, da paz, das coisas santas e divinas”.

João Paulo II


Este blog não pertende ser um recordista em visitas e comentários... O seu objectivo é ser um pequeno espaço de debate, consulta e, principalmente, divulgação da música de inspiração cristã; ou seja, um espaço de evangelização através do ministério da música.
Levado por este espírito, pretendo dar a conhecer o que de melhor se tem feito a nivel de música cristã, dando especial relevo à entitulada e mal interpretada "música jovem e religiosa".