segunda-feira, maio 22, 2006

Banda Jota


A Banda Jota nasceu em 2003. O primeiro desafio foi a participação no Fórum Juvenil que a Pastoral Juvenil da sua diocese – Guarda - organizou.
Desde então, os 10 elementos da banda assumiram como objectivo de vida a composição de temas que anunciam e testemunham o ritmo que a mensagem de Jesus imprime nas suas vida! Pretendem testemunhar Jesus através da música, gritar bem alto quem é Jesus, que O amam e que Ele é o sentido das suas vidas. Com as suas músicas partilham a alegria de ser cristão. Acreditam na Verdade que cantam.
Com uma sonoridade pop-funk, nos vários concertos que já deu por todo o país, a Banda Jota foi evangelizando e lançando alguns “hits”. O tema mais conhecido - (A)Braços - atingiu níveis de popularidade, o que fez pensar a sério na gravação em estúdio.
Dia 4 de Junho, no Auditorio da Casa de Saude Bento Menni - Guarda, pelas 17h, vai ser apresentado o primeiro album desta banda cristã. Entitulado "(a)braços", este album pretende ser um "instrumento de evangelização" e divulgação da musica ligeira cristã.
Parabéns Banda Jota!!!

16 comentários:

Caminhante disse...

Mais uma vez, e agora de forma especial vamos ser congratulados com mais frutos do trabalho da Banda Jota. Quero aqui deixar os meus parabéns e que continuem com toda a força a jornada que tem pela frente, anunciando Jesus Cristo.

Parabéns

Um abraço cara amigo maestro espero que tudo esteja bem contigo...

Anónimo disse...

Que blasfémia: "Com uma sonoridade pop-funk, nos vários concertos que já deu por todo o país, a Banda Jota foi evangelizando e lançando alguns “hits”."
Sabiam que nos pós-guerra haviam as "meninas da caridade" que consolavam de forma gratuita os soldados? Os fins justificam os meios?!e os meios passam a ser desculpados pelos fins?

Anónimo disse...

Enfim. Queriamos saber como é que é possível tanta falta de formação cristã ao ponto de chegarmos a este degredo.

Anónimo disse...

Anonymous: normalmente abstenho-me de comentar este tipo de observações, porque considero que vivemos numa democracia e cada um tem o direito de dar a sua opinião, mesmo que escondido atrás da capa cobarde do anonimato.
No entanto, gostaria de te perguntar onde é que está a blasfémia, o degredo e a falta de formação cristã de que acusas a Banda Jota. É por causa de utilizarem a música como meio de transmissão da sua mensagem? Por acaso já ouviste as músicas, já leste as letras?
Não encontro nada nas músicas da Banda Jota que não seja um louvor a Deus.
É por causa do sucesso que têm? Eu sei que para algumas pessoas é difícil aceitar o sucesso dos outros. Aliás, já há mais de 2000 anos, uns senhores, ditos detentores de toda a santidade, acusaram de blasfémia e crucificaram um Homem, muito por causa da inveja do sucesso que Ele tinha com as pessoas.
Pessoalmente, só tenho que dar os parabéns à Banda Jota, pelo magnífico trabalho que estão a desenvolver.
Conheço grande parte dos elementos da Banda Jota e tenho de lhes agradecer a força que me deram, e continuam a dar, na minha caminhada com Jesus Cristo.
Jesus pediu aos apóstolos que espalhassem a sua mensagem pelo Mundo inteiro. É o que a Banda Jota está a fazer e, na minha opinião, muito bem.

Não gostar, é uma coisa; Acusar de blasfémia, duvidar da sua formação cristã, e das suas intenções, é outra. Daí a minha humilde opinião, que, admito, é tão válida como a tua, anonymous, pois não tenho a veleidade de me considerar juiz de ninguém (ao contrário de ti, pelo o que parece).

Um grande abraço para o Maestro!

Anónimo disse...

GUARAPIRANGA SERÁ PALCO DA PRIMEIRA RAVE CATÓLICA DO PAÍS

No próximo dia 23, das 22 horas às 7 da manhã do dia 24, a Represa de Guarapiranga vai servir de palco para a primeira rave católica do País. Com a presença de convidados como Banda Vida Reluz e Adriana, os Dj´s da banda Electrocristo apresentam seu mais novo trabalho: o CD Electrocristo Remixed.

Em uma área de mais de 2 mil m2, os DJs Leo, Laércio, Daniel, Vermelho e Tau - prepararam uma mega-festa para o lançamento de Electrocristo - a Festa continua, um CD que mistura diferentes estilos de música eletrônica, ideal para animar as baladas de quem curte um agito saudável com um som de qualidade.

Para receber convidados como Banda Vida Reluz e a cantora Adriana, integrantes da gravadora Paulinas-COMEP, e outros artistas e intérpretes de grande expressão da música católica, uma mega-estrutura será montada, com divisões em três tendas, além de lan house, feira Católica, pirofagia, balão, grafite, laser show e sky walker. A balada promete varar a madrugada. Você não pode perder esta festa!

Home-page : www.electrocristo.com
E-mail : djleoguimaraes@yahoo.com.br

Anónimo disse...

Cara Catarina:

Uma pessoa que não diz coisa com coisa somente poderia vir em defesa de si mesma e dos seus gostos pessoais. É a chamada “evangelização do umbigo”, como ouvi chamar pela boca de um ilustre dirigente católico no Brasil.

Nada melhor que primeiro confronta-la com o que escreve. Sobre mim teceu considerações “caridosas” ao ponto de se achar no direito de me adjectivar como a sua democracia lhe permitiu. Sim, a católica Catarina não se limitou a falar daquilo que leu do meu texto mas achou que podia evocar a democracia republicana para defender algo a que tenta vincular com os valores cristãos. Incompatível.
Provavelmente não sabe que em nome da democracia o senhor Afonso Costa, num célebre discurso, prometeu a Portugal acabar com a Igreja (em Portugal) em duas gerações.

Repare:
1- “Normalmente abstenho-me de comentar este tipo de observações, porque considero que vivemos numa democracia e cada um tem o direito de dar a sua opinião, mesmo que escondido atrás da capa cobarde do anonimato.”:

Normalmente abstém-se porque vivemos numa democracia? Queria dizer outra coisa e acabou por dizer outra? Pensamento desconexo?! Má lógica?! Bem, vamos dar o devido desconto e achar que também a identificação de “Catarina” ou de “Anonymous” é uma tão válida é como a outra: Vai continuar a não saber quem sou e eu continuo a não saber quem é a “Catarina”. Portanto, continuando não identificada devolvo-lhe o adjectivo de “cobarde” que veio de sua casa e não o quero na minha.

Mesmo que estivesse verdadeiramente identificada deveria julgar-se pela mesma regra com que julga os outros: “vivemos numa democracia”. Portanto se o blogger me permite e tenho liberdade de escolher esta opção. Pode se que para a próxima eu me identifique como Magda ou Miguel …. Vá censurar na sua terra!

Enfim reparo que a qualidade das suas opções são a cara do seu discurso. Não será ó republicana Catarina?!

2- “No entanto, gostaria de te perguntar onde é que está a blasfémia, o degredo e a falta de formação cristã de que acusas a Banda Jota. É por causa de utilizarem a música como meio de transmissão da sua mensagem?”

Em primeiro quero aclarar que uma banda é um conjunto e que certamente os seus elementos terão responsabilidades diferentes. E digo até que pode a atitude de certos elementos ser louvável e de outros ser um atentado ao catolicismo, pois a duplicidade hermenêutica do Vaticano II nem a este tipo de coisas dá azo. Portanto aqueles que têm um vínculo mais directo com a pastoral e com a Igreja têm também responsabilidades prioritárias que são incompatíveis com estes “pretextos de evangelização”. Ou já se perguntou porque motivo o Vaticano II veio “libertar” e “abrir” portas e é a partir desse mesmo Concilio que a Igreja tem vindo a perder vocações em escala assombrosa tal como tem vindo a perder fiéis em número e qualidade?

Sabia que os métodos comprovados pela história, na evangelização, estão a receber verdadeiras dozes de desprezo por quem opta por outros métodos que já foram sobejamente experimentados, falhados, e condenados? Mas é claro, cara Catarina, não sabe disto e não pode ser responsabilizada por isto. Mas não esqueça que segundo o Magistério também os fins não justificam os meios nem os meios os fins.

Fala em música para transmitir a mensagem. Hóo ingénua Catarina então a sua cultura europeia, católica, não lhe deu dados para saber que a música, mesmo que não tenha letra comunica? Eu entendo que nunca tenha ouvido falar no Santo Agostinho e nos Padres da Igreja (Padres com letra maiúscula). Nem nesses ouviu falar nem nas irrefutáveis pesquisas modernas.

A música comunica portanto ela é mensagem. A letra é mensagem. E se me vem contar que elas não são a mensagem mas que transmitem a mensagem então vou sugerir formas de aprender um pouco, visto que não quero que fique com propostas do séc. XIX.

Acredita piamente nisto não é?:

“É por causa de utilizarem a música como meio de transmissão da sua mensagem?”

Diga-me como é possível? Ou não sabe que quando alguém propõe algo não tem de dar justificação? Essa banda fala em evangelizar e porque motivo destrói a evangelização? Provavelmente já ouviu que “o meio é a mensagem”. Essa banda, porque os elementos gostam muito do palco e de cantar e tudo o que possa significar “fazer artesanato musical”, não consegue justificar nunca esse mesmo gosto evocando algo MUITO SÉRIO que é a evangelização. E nem estou a ver que a banda, ou alguém, se disponha a contestar aquilo que é a base de formação dos meios de comunicação social: “o meio é a mensagem” (Marshall McLuhan ).

Não são jovens? Actualize-se em vez de passarem o tempo a lutara pelo “umbigo” e convertam-se totalmente e não só parcialmente na parte que der mais jeito. É bom curtir a onda? Basta ir para o sítio certo.

A música da Igreja, apurada durante séculos com o suor humano e a ajuda Divina, aquela que apelada constantemente pela Igreja é “escarnecida” por alguns e esquecida, no local certo que é o templo, e anda um departamento da vossa diocese a apostar no oposto. Evangelizam!!!!!!!!!!!?

Quem ama a Igreja não “cospe” numa parte para dedicar-se a outra coisa qualquer, mesmo que disfarçada de cordeiro. Portugal e a Europa estão de rastos com uma pastoral balofa e com missas tão mal tratadas e banalizada que leva a pensar se o próprio Cristo não lhe apetece fugir.

Deixe lá de pregar coisas profanas. Medite, estude, reze, e ajude para que esta Igreja mascarada e baralhada com o Vaticano II ganhe qualidade e clareza para se cumprir em vez de continuar a afundar-se em propostas caducas e mediáticas. Há e nada de andar constantemente com frases feitas na boca como se estivesse gasta de conteúdo e cheia de formas. Isso é típico de quem usa a Igreja para se proteger e se servir. Cuidado.


3- “Não encontro nada nas músicas da Banda Jota que não seja um louvor a Deus.”

Mas pensa que pelo que escreve não seria esperado que não encontrasse nada de mau? Não encontra nada nas músicas da banda?
Ora veja, vou dar uma alegoria simples para entender definitivamente do que se trata. E vou pegar num texto retirado de outro site. Trata-se de um sonho profético de São Dom Bosco:

“Imaginem vocês de estar comigo numa praia do mar, ou antes, sobre um escolho isolado, e de não ver outro espaço de terra a não ser aquele que lhes está sob os pés. Em toda aquela vasta superfície das águas se via uma multidão inumerável de navios em ordem de batalha, cujas proas eram terminadas por um agudo esporão de ferro em forma de lança, que, onde era dirigido, feria e traspassava qualquer coisa. Estes navios estavam armados com canhões, carregados com fuzis, com outras armas de todo gênero, com matérias incendiárias, e também com livros, e avançavam contra um navio muito maior e mais alto que todos eles, tentando chocar-se com ele por meio do esporão, incendiá-lo, ou então causar-lhe todo o dano possível.
Aquela nave majestosa, perfeitamente guarnecida, era escoltada por muitas navezinhas que recebiam dela os sinais de comando e executavam manobras para se defender das frotas adversárias. O vento lhes era desfavorável e o mar agitado parecia favorecer os inimigos.
No meio da imensa extensão do mar elevavam-se acima das ondas duas robustas colunas, altíssimas, pouco distantes uma da outra. Sobre uma delas havia a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés pendia um longo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum; sobre a outra, que era muito mais alta e mais grossa, havia uma Hóstia de grandeza proporcional à coluna, e sobre um outro cartaz, com as palavras: Salus Credentium.
O comandante supremo da grande nau, que era o Romano Pontífice, vendo o furor dos inimigos e o mau partido em que se achavam os seus fiéis, pensa convocar para junto de si os pilotos dos navios secundários, para ter um conselho e decidir o que se deveria fazer.
Todos os pilotos sobem e se reúnem em torno do Papa. Mantêm uma reunião, mas, enfurecendo-se cada vez mais o vento e a tempestade, eles são mandados de volta para dirigir seus próprios navios.
Ocorrendo um pouco de calmaria, o Papa reúne os pilotos de novo, pela segunda vez em torno de si, enquanto a nau capitania segue o seu curso. Mas a borrasca volta espantosa.
O Papa permanece no timão, e todos os seus esforços são dirigidos a levar a nau para o meio daquelas duas colunas, de cujo cimo pendem, em toda a volta delas, muitas âncoras e grossos ganchos presos a correntes.
Os navios inimigos se movem todos a assaltá-la, e tentam de todo modo detê-la e fazê-la afundar. Algumas com escritos, com livros, com matérias incendiárias de que estão cheias, e que buscam lançá-las a bordo; as demais com os canhões, com os fuzis, e com os esporões; o combate se torna cada vez mais encarniçado. As proas inimigas a chocam violentamente, mas seus esforços e seu ímpeto se revelam inúteis. Em vão tentam de novo o ataque e desperdiçam toda a sua fadiga e munições: a grande nau prossegue seguramente e livre em seu caminho. Ocorre por vezes que, atingida por golpes formidáveis, apresenta em seus flancos largas e profundas brechas, mas apenas acontece o dano, sopra um vento proveniente das duas colunas e as brechas se fecham e os furos se obturam.
E explodem os canhões dos assaltantes, despedaçam-se os fuzis, e todas as outras armas e os esporões; destroem-se muitos navios e se afundam no mar. Então, os inimigos, furibundos, começam a combater com armas curtas; e com as mãos, com os punhos, com blasfêmias e com maldições.
Quando eis que o Papa, ferido gravemente, cai. Imediatamente, aqueles que estão junto com ele correm a ajudá-lo e o levantam. O Papa é ferido a segunda vez, cai de novo e morre.
Um grito de vitória e de alegria ressoa entre os inimigos; sobre os seus navios se dá um indizível tripudio. Eis que apenas morto o Pontífice, um outro Papa o substitui em seu posto. Os pilotos reunidos o elegeram tão subitamente que a notícia da morte do Papa chegou com a notícia da eleição do sucessor. Os adversários começam a perder a coragem.
O novo Papa, dispersando e superando todo obstáculo, guia o navio até as duas colunas e, chegando junto a elas, o ata com uma pequena corrente que pendia da proa a uma âncora da coluna sobre a qual estava a Hóstia; e com uma outra pequena corrente que pendia da popa o prende do lado oposto a uma outra âncora, que pendia da coluna sobre a qual estava colocada a Virgem Imaculada.
Então, aconteceu uma grande reviravolta. Todos os navios que até aquele ponto tinham combatido a nau sobre a qual governava o Papa fogem, se dispersam, se chocam e se destroçam mutuamente. Uns naufragam e procuram afundar os outros. Outras navezinhas que tinham combatido valorosamente com o Papa são as primeiras a virem a atar-se àquelas colunas. Muitas outras naus que, tendo-se retirado por temor da batalha. se acham em grande distância, ficam prudentemente observando, até que, desaparecidos nos abismos do mar os restos de todos os navios destroçadas, com grande vigor vogam em direção daquelas duas colunas, onde, chegando, se prendem aos ganchos pendentes das mesmas colunas, e aí ficam tranqüilas e seguras, junto com a nau principal, sobre a qual está o Papa.
No mar reina uma grande calma.'
Dom Bosco, neste ponto, interrogou Dom Rua: 'Que pensa você deste relato?'
Dom Rua respondeu: 'Parece-me que a nau do Papa seja a Igreja, da qual ele é o chefe: os navios, os homens, o mar são este mundo. Aqueles que defendem o grande navio são os bons afeiçoados à Santa Sé, os outros são os seus inimigos que com toda sorte de armas tentam aniquilá-la. As duas colunas de salvação me parece que sejam a devoção a Maria Santíssima e ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia.'”

Catarina, com isto quero dizer-lhe que na Igreja há coisas muito importantes. Gostam de música? São católicos? Então ofereçam o vosso amar, com inteligência, coração e vontade, aquilo que é a música da Igreja. Essa tem como único fim a “glória de Deus e a santificação dos Fieis”. Sigam os apelos constantes da Igreja e não vedem os olhos. Se esta música da Igreja, tão mal tratada por uns e ignorada por outros, estivesse cumprida então sim poderiam surgir mais outras forma extraordinárias de evangelização (com isto não estou a aprovar nem a desaprovar a banda em causa).

Se um pai deixar de comer por 3 dias para que os seus filhos não passem fome, é um herói e um bom pai. Mas se esse pai for comprar bilhetes para um jogo de footbol, pode até alegar patriotismo, e os filhos e ele passarem fome durante esses 3 dias ….. enfim, é isso que está em causa. Essa banda é um pecado do departamento da Pastoral Juvenil e um descuido grave da diocese da Guarda.

A Catarina como Católica, embora tenha alegado “cristianismo” e não catolicismo”, curiosamente, deve despir-se de si mesmas e dos seus gostos e afectos para procurar contribuir com esta Igreja que sofre.

4- “É por causa do sucesso que têm? Eu sei que para algumas pessoas é difícil aceitar o sucesso dos outros. Aliás, já há mais de 2000 anos, uns senhores, ditos detentores de toda a santidade, acusaram de blasfémia e crucificaram um Homem, muito por causa da inveja do sucesso que Ele tinha com as pessoas.”

Não sei se é honesta, mas no que escreveu não foi. Primeiro pergunta e depois em vez de esperar resposta tenta inventar aquela que lhe agradaria ouvir? Lamento cristã Catarina.

O sucesso?! Então primeiro, parte do pressuposto que eu não ouvi as músicas e as letras e depois acha que há aqui uma dificuldade de aceitar um pressuposto sucesso conhecido por mim? Para quem chama o outro de “cobarde”… A Catarina ficou furiosa e cega? As palavras são suas:

“Por acaso já ouviste as músicas, já leste as letras?” ……….. “Eu sei que para algumas pessoas é difícil aceitar o sucesso dos outros.”

Deve pensar que tem artes de adivinha? Sim porque também é democrático ser adivinha. Não foi a Catarina cristã que afirmou eu ter inveja? “ Eu sei”. Pergunta e sabe?!

Eu ate suspeito que a Catarina republicana sabe que eu não poderia saber algo sobre o CD que ainda não foi lançado. Boa malha! Portanto, também por outros aditivos, a Catarina deverá ser ligada a essa tal banda. Será?!! Serão estes os frutos da tal “evangelização balofa e numérica”?!! Se assim for converta-se rapidamente.

A quem chama a Catarina de “Homem” na comparação herética que apresenta? É a banda? Ou o senhor padre rockeiro? Enfim até onde a deturpação chegou. Não se lembra que a Igreja é legado de Cristo e não dos sumos-sacerdotes judeus?

Um pequeno reparo para o uso de “Homem”. Espero que a Catarina, na fúria das suas tolas acusações aos outros a quem chamou nomes feios, como se fosse um tribunal da inquisição na versão rasca (ou pimba) tenha tido em conta que o “Homem” é Deus Filho.

A sua argumentação está repleta de uma “evangelização” errada que provem da “hermenêutica do espírito do concilio” que causou um quase sisma na Igreja de hoje. Para que não pense que estou a defender uma Igreja qualquer que não a Católica aconselho vivamente que peça a um dos seus “amigos rockeiros” que lhe facultem o discurso que este Natal o Papa proferiu aos seus cardiais. E depois medite um pouco. Ok?

Olhe que o caminho difícil não está no palco do homem mas na Casa de Deus.


5- Esta é muito grave porque já nem se dirige a mim e sim a questões de doutrina:
“Conheço grande parte dos elementos da Banda Jota e tenho de lhes agradecer a força que me deram, e continuam a dar, na minha caminhada com Jesus Cristo.
Jesus pediu aos apóstolos que espalhassem a sua mensagem pelo Mundo inteiro. É o que a Banda Jota está a fazer e, na minha opinião, muito bem.”

Em primeiro já provou a categoria de “evangelização” que sofreu minha. Um perigo. Estou a achar que a “a brecha na Igreja por onde entrou o fumo de Satanás”, nas palavras de Paulo VI, existe mesmo.

Quer ver a provocação gratuita? No texto onde tenta contra argumentar fez, de forma muito pobre, duas coisas: na primeira parte tentou ofender enraivecidamente com a “argumentação”, que como viu não argumentou nem ofendeu. Na segunda parte tece elogios tontos aos seus “ídolos”. É a velha técnica do “remate”. Enfim.

A sua caminhada com Jesus? Agora entendo porque se referiu a cristianismo e nem um cheiro de catolicismo. É caso para perguntar se é Jeová ou coisa do género. Esse, como outros, também argumentam com a sua “caminhada com Cristo”. Cuidado que a caminhada com Cristo não é com bandas. Ou está a espera de um cristianismo sem Igreja mas com banda?

Cristianismo sem Igreja Católica é noutro lado e esse tipo de música é noutras Igrejas e ceitas. Querem lá ver que a Catarina não tinha pensado que estou a falar da Igreja Católica e que sou contra a heresias e coisas que cheiram a tentativas de uma Igreja para o Homem e não uma Igreja para Deus!

Olhe que eu não consigo adivinhar-lhe a idade. Mas afirma com cada coisa que enfim.. Então a Catarina pensa que os apóstolos foram a evangelizar como? Com uma banda? Nem sequer iam em grupo. Alem disso já pensou que os sucessores dos apóstolos iam sem “alforge nem cajado” onde se supõe não levarem bateria nem teclado nem mesas de som? E o facto de os sucessores dos apóstolos serem os bispos e Papas? A Catarina é bispa? Eu também não. Portanto quando ouvir frases feitas dessa banda pense muito bem e vá a um padre e peça informação por onde possa estudar e outras formas de alimentar a fé pela parte da inteligência.

Dessa afirmação sua tenho um grave reparo. Olhe lá na sua diocese o evangelho ainda não chegou? É que eu fui baptizado e catequizado antes da banda existir. Não sei se é caso para rir ou para chorar. Enfim o fruto da “evangelização rockeira” está dar os seus frutos.

Ai a banda vai espalhar a “mensagem pelo Mundo inteiro”. Esse “Homem” e esse “Mundo” até pedem que “Modernismo”, “Heresia”, “Cisma” se escrevam com letra grande e Deus se escreva com letra pequena. Pois é muito fixe a banda em digressão mundial a espalhar a mensagem tal como uma banda verdadeira como os Metálica que também espalham uma mensagem.

Catarina, vá para a igreja na Igreja e evangelize-se e evangelize os seus amigos da banda. Estude, medite, procure que não vai ser num dia para o outro.

Ora a banda vai evangelizar o “Mundo”… todinho… e o Papa e os bispos que se cuidem que se não forem “evangelizados” pela banda a missão deles no mundo é nada. Heresias, Catarina que “evangelizada”.

E ainda opina que a banda isto e aquilo. Então não é a banda que a “evangeliza” a si? Não é essa “fé que professa? Teve esta oportunidade onde aproveitou para dizer disparates e demonstrar a sua “caminhada”.


6- “Não gostar, é uma coisa; Acusar de blasfémia, duvidar da sua formação cristã, e das suas intenções, é outra.”

Vou repetir-lhe que a grave problemática da banda parte do contexto em que ela, existe, age e foi criada. E quanto a isso eu não duvido nada, eu tenho certeza. A Doutrina, o Magistério, todo o sensus, tudo me indica o terrível erro em que a diocese da Guarda escorreu (e sabe-se lá como ocorreu). Isso é possível? Tanto é que acontece e aconteceu e está a acontecer, em outro tipo de casos, e casos idênticos, em muitas partes do planeta, ao ponto do Papa João Paulo II e o actual Papa já terem repreendido. Foi aos papas que se referia quando falou daqueles que condenaram o “Homem” por inveja? Foi a Igreja? Defina-se.

Só o homem que serve a Deus consegue evangelizar. Quando São Paulo disse “ já não sou eu que vivo mas é Cristo que vive em mim” isso sim. E eu vou explicar-lhe isto muito rapidamente. Quando a Catarina está bem disposta todos aqueles que estiverem perto de sim vão sofrer essa boa influencia. Se estiver em “dia não” as pessoas perto de si vão sofrer essa influência. Até aqui é fácil, não é? Agora vamos subir um nível: Imagine que tudo aquilo que faz habitualmente tem uma inspiração crescente no catolicismo em que acredita. Agora as acções, predisposições, tudo o que venha de si vai transmitir tudo o que é e acredita. No fundo esta é a base da evangelização que radica em VIVER. Os apóstolos foram testemunhas o que viram e viveram e foram entendendo cada vez mais no seu interior. Mas acontece que nós temos de VIVER muito primeiro porque não vimos. E é essa vivência que em nós transforma-se constante evangelização. Ora escolher um “instrumento extraordinário” de evangelização rejeitando os “instrumentos próprios” é caso para duvidar. Mas já vi muitos casos e os motivos de escolha de “instrumentos extraordinários” tem sempre, nestes casos, um motivo pouco evangélico.

Pergunto então se quem escolhe um “instrumento extraordinário”, rejeitando os instrumentos próprios, não pode também escolher meios impróprios sob pretexto de fins plausíveis?

Falou em “não gostar”? Acha que Cristo gostou do calvário? Minha cara Catarina do “Mundo” EVANGELIZAR não é compatível com mentalidades que têm por fim os gostos ou uma deturpada utilização do conceito de “sensibilidades”. Agora já admite que essa banda implica gostos e desgostos? Não quer admitir também que a o evangelho não se coaduna com gostos? Onde estaria a pastoral dos metaleiros? E a dos rancheiros? E dos pimbas? E dos fadistas? E dos pseudo clássicos? É que se a Catarina pensasse que era uma questão de gostos então teria de criticar a pastoral juvenil que funciona para os gostos dos seus internos. Ou seja a pastoral juvenil impôs e dogmatizou um estilo musical. Olhe fale-lhes na sua democracia republicana.

Enfim. Mas como pode ver nem é uma questão de gostos e sim de evangelização incompatível com gostos. Etc.

Não falo em intenções da banda a não ser daquelas que no seu site imprimem!


7- “Daí a minha humilde opinião, que, admito, é tão válida como a tua, anonymous, pois não tenho a veleidade de me considerar juiz de ninguém (ao contrário de ti, pelo o que parece).”

Fiquei bastante triste Catarina. Falar em “humilde opinião” e que não é “juiz de ninguém”!??

Você está com sono?! Julgou sim e não foi de forma humilde. Quer mostrar onde está a sua humildade? Ou quer que lhe explique onde condenou e sem justificar?

Catarina, não acredito que tenha tanta falta de inteligência como manifesta aqui. Acredite que não acredito que tenha uma falta de inteligência tão grave. Penso sim que foi afectada pela cegueira e pela fúria “evangelizada”. Mete uma banda no lugar de Cristo e usa Cristo para justificar a banda.

Acaba o seu discurso com mais uma das suas facaditas ao lado: “ao contrário de ti, pelo que parece”. Mau mau… Para si as coisas parecem ou são e podendo não ser mas parecendo são o suficiente para mandar tiros a todos aqueles que ameaçarem a sua pequena idolatria rockeira?

Olhe me este desastre:

- “minha humilde opinião”
- “que, admito, é tão válida como a tua” (veja lá a presunção e humildade. Faltava dizer que tem de admitir contra vontade…enfim)
- “não tenho a veleidade de me considerar juiz de ninguém” (fartou-se de me mandar beijinhos não foi?)

Ainda acha que isto são opiniões minhas?

Já deve ter “comido nas orelhas” o suficiente para saber que a ignorância está no fundinho das escadas e que tem oportunidade de saber e de evoluir como todos temos, mas não há cá “pão para malucos”. Se quer subir as escadas suba e terá ajuda mas não fique ai no fundo a dizer que tem o mesmo direito. Tem o direito mas o dever de subir. Cresça que não se pode parar de crescer.

Olhe Catarina vou despedir-me e acredite que me deu trabalho a escrever tanto. Mas penso que dei algo daquilo que fui guardando e vivendo e que acaba por ser a forma de evangelização mais directa, sem artifícios e desculpas.

Como não sei mesmo se é católica, embora suspeite que sim, mas como disse que era cristã:
Os meus cumprimentos ecuménicos, deste grupo de jovens, que não se identificou.

Anónimo disse...

Anonymous: Claramente tem uma visão e uma concepção da Igreja Católica que não é, com toda a certeza a minha.
Se sou ingénua (" Hóo ingénua Catarina .."), ignorante ("Uma pessoa que não diz coisa com coisa...") e estúpida ("Acredite que não acredito que tenha uma falta de inteligência tão grave."), peço desculpa por existir. Tal como disse, ainda estou no "fundo da escada".
Parabéns pela sua exposição, logo desde a sua primeira intervenção se notou uma certeza incontestável nas suas palavras. Realmente foi uma ousadia, própria dos ignorantes e ingénuos, ter questionado algumas das suas afirmações.
Deixe-me só, se me permite, apontar um pequeno lapso do seu brilhante discurso:
"Eu ate suspeito que a Catarina republicana sabe que eu não poderia saber algo sobre o CD que ainda não foi lançado. Boa malha!"
Se me dá licença, deixe-me dizer que o CD foi lançado no passado dia 4 de Junho, na Guarda. Desde essa altura é possível comprar o CD por 14,50€, que foi o que fiz.

Despeço-me com os melhores cumprimentos.

Aproveito para pedir deculpas ao meu amigo Maestro por ter tido o inqualificável atrevimento de usar este blog como montra da minha ignorância e estupidez. Prometo que não volta a acontecer!
Um beijinho para ti, Maestro!

maestro disse...

Amiga Catarina!!! Terás aqui sempre um Lugar!! Não Ligues!!!! Falam, Falam, Falam, mas não fazem nada!!
Amigo anónino, devia ter um pouco mais de moderação no que trata em falar das pessoas que não conhece. Por acaso sei querm se esconde por detrás de tanta teoria.
Catarina, não desanimes!!!
Um Abraço muito grande.

Anónimo disse...

Caro anónimo, será que não é possível dar opiniões sem ferir as pessoas?!!! Deus, na pessoa de Jesus, nunca o fez. Se és tão católico, devias saber isso! Expõe a tua opinião acerca da música, inclusivamente da música católica que propões como única, e escusa-te de dares certezas daquilo que os outros sentem, gostam ou opinam.
Falas de evangelização... e, pelo que afirmas e como o afirmas, ela é bem necessária!!

Um anónimo, para não dizer outro nome que seja igualmente anónimo.

Anónimo disse...

Às vezes sinto-e TÃO triste pela Igreja que temos e somos!!!
Suspeito que Deus também se sentirá...
Um beijinho, Catarina, e continua a "espectacular" caminhada de fé que tens tido.
Um abracinho apertado, Maestro.

Assinado: Ana, uma pessoa que não entende nada do que o "anónimo" disse nos seus comentários, mas que reza para que o seu coração se encha de amor.

Anónimo disse...

Canto Gregoriano: como e porque foi sufocado no seu próprio berço
Sandro Magister
(Versão nossa do original italiano, publicado no site www.chiesa.espressonline.it
com a permissão do jornalista Sandro Magister, a quem agradecemos).


O prior do mosteiro “Papa Gregorio Magno”, de Roma, enriquece com novos detalhes a narrativa do desastre musical depois do Concílio (Vaticano II). Vaticano que até hoje não faz nada para remediar.

Por Sandro Magister

ROMA – No dia 22 novembro, festa de Sta. Cecília, padroeira da música, João-Paulo II ouviu um concerto em sua homenagem. No dia seguinte, domingo, no Angelus, ao meio dia, enviou uma saudação especial à Orquestra Filarmônica de Viena, ainda em Roma para apresentar a ele “A Criação”, de Franz Joseph Haydn na basílica de São Paulo fora-dos-Muros.

O Papa agradeceu a “todos que colocam seu talento e sua capacidade musical ao serviço da liturgia”. Lembrou ainda que no dia 22 de Novembro de 2003 completou-se o centenário do motu próprio “Inter Sollicitudines”, de S. Pio X: documento pelo qual o pontífice ditou uma reforma na música sacra ocidental, purificando-a das degenerações teatrais em moda na época, restabelecendo centralidade e esplendor ao canto gregoriano, ao polifônico e ao papel do órgão.

Exatamente cem anos. Tempo em que houve um concílio ― o Vaticano II — que re-confirmou plenamente a primazia do gregoriano, da polifonia e do órgão. Mas houve também uma nova e devastadora degeneração na música da Igreja, de dimensão e gravidade tais que exigem uma nova reforma, não menos enérgica daquela intencionada por Pio X.

O centenário da “Inter Sollicitudines” era esperado por alguns, dentro e fora do Vaticano, como o dia certo para um novo documento papal visando a renovação da música litúrgica.

Esperava-se, particularmente, a constituição de uma instituição pontifícia dotada de autoridade na matéria.

No entanto, a festa de Sta. Cecília de 2003 passou, e nada daquilo até agora aconteceu.

No Vaticano, sabe-se, domina uma corrente hostil à primazia do canto gregoriano e do polifônico. Dentre as altas personalidades do governo central da Igreja, a única a movimentar-se contra a corrente é o cardeal Joseph Ratzinger.

Em muitas ocasiões, Ratzinger associou a degeneração da música sacra às formas destrutivas ocorridas, em larga escala, durante a implantação da reforma litúrgica, decidida pelo Concílio Vaticano II.

Música e liturgia, unidas no bem e no mal. O florescimento de uma não pode existir sem a outra. Do mesmo modo, a decadência arrasta as duas.

O terremoto que nos anos Sessenta do século XX causou quase o desaparecimento do canto gregoriano foi, de fato, o golpe de uma distorcida aplicação da reforma litúrgica conciliar, especialmente por parte da elite da Igreja.

O texto deste terremoto, abaixo transcrito, é um testemunho de extraordinário valor.

O autor, monge beneditino, conta como o seu mosteiro abandonou repentinamente o canto gregoriano, na metade dos anos Sessenta, para abraçar novos e improvisados modos musicais.

A mudança veio com rapidez fulminante, praticamente de um dia para o outro.

E não foi num mosteiro qualquer. Foi no mosteiro beneditino camaldolense de S. Gregório al Celio, em Roma, onde se conserva a cátedra de mármore do Papa Gregório Magno, pai do canto litúrgico típico da Igreja do Ocidente, por isso chamado gregoriano. Não podia haver outro lugar simbolicamente mais significativo.

A mudança foi forçada praticamente pela unanimidade e aprovada pelo prior da época, Dom Benedetto Clati, pessoa de alto relevo no catolicismo italiano na segunda metade do século XX.

O narrador, Pe. Guido Innocenzo Gargano, seu sucessor, é o atual prior do mosteiro de S. Gregório, sendo também mestre espiritual de grande relevância.

Ele incluiu a narrativa daquele terremoto musical e litúrgico em seu livro ““Camaldolesi nella spiritualità italiana del Novecento”, publicado em 2000. Poucas páginas adiante, o autor reconhece que ele e os outros monges “não estavam de forma alguma preparados tecnicamente àquela música”, mas que se viram obrigados a “tornar-se poetas e músicos” para substituir o gregoriano com novos cânticos da moda.

Desde então já se passaram quase quarenta anos e um certo ajuste foi feito. Porém, o que resultou de concreto foi que nas liturgias daquele mosteiro romano, fundado pelo Papa Gregório, o canto gregoriano nunca mais voltou.

Eis, pois, a narrativa de como aquele canto foi arrastado para o exílio, nos agitados anos do Concílio Vaticano II:



Aquela noite em S. Gregório

Guido Innocenzo Gargano

[...] A adoção da língua vulgar na celebração do ofício divino chegou na comunidade como uma explosão de uma bomba.

O ofício divino, cantado na língua vulgar, significava uma ruptura irreparável com uma das tradições mais sagradas, mantidas por séculos em todo o monaquismo latino ocidental: o canto gregoriano. [...]

Tudo foi provocado na comunidade camaldolense pelo incandescente debate ocorrido na sala conciliar, entre os defensores do latim e os propugnadores do vulgar. [...] Os monges mais moços não só haviam apoiado, obviamente, a introdução da língua italiana na liturgia, mas estavam impacientes, a ponto de não querer esperar que as novidades, já aprovadas no Concílio, fossem confirmadas oficialmente. Uma vez reconhecido o absurdo do latim, era necessário mudar! [...]

Os jovens começaram a sentir-se autorizados a fazer as próprias experiências clandestinamente, como os carbonários. De fato, não se tratava somente de traduzir a oração litúrgica da língua latina para a italiana, mas também procurar diferentes vias no plano musical. E, vista a íntima conexão entre o latim e o canto gregoriano, os jovens decidiram, sem consultar ninguém, que deveria ser deixado de lado, ao menos no momento, também o sublime canto gregoriano.

Assim, nos porões da Igreja de S. Gregório al Celio, instalaram imediatamente, sem conhecimento dos superiores, uma verdadeira banda, suficientemente adaptada à finalidade desejada.

Depois de “idas e vindas”, de discussões sem fim com os improvisados mestres de capela, decidiu-se que, no domingo da qüinquagésima, o grupo estaria suficientemente maduro para se apresentar numa celebração litúrgica semi-oficial, com guitarras, tambores e cantos inéditos compostos em italiano.

O local pré-escolhido foi a capela Salviati, situada à esquerda da igreja. O celebrante seria um padre, aluno do Instituto Litúrgico Anselmianum, hospedado no vizinho Hospitium Gregorianum.

Tudo se desenvolveu com a maior seriedade e satisfação de todos. Porém, ninguém se importou que exatamente naquele domingo, durante a celebração, houve a visita turística à capela de um senhor que depois foi embora estupefato. Aquele estranho senhor, apressou-se a denunciar o escândalo ao vicariato.

Interferiu, então, o Cardeal [Angelo] Dell’Acqua, naquele tempo vigário de Sua Santidade, para a diocese de Roma. Repentinamente o céu desabou sobre o inocente prior geral, Pe. Benedetto [Calati], que veio a saber naquele mesmo momento o que tinham combinado os seus jovens monges, e a gravidade das assustadoras conseqüências.

Todo preocupado, Pe. Benedetto convocou o conselho conventual. [...].

Os monges ouviram a reprimenda em silêncio, com olhos baixos, mas nada convencidos de terem cometido qualquer delito. E, quando o Pe. Benedetto obrigou individualmente a todos os envolvidos a tomar uma posição pública sobre o erro cometido, balançou em sua cadeira ao constatar a determinação de todos, e de cada um, em defender a posição do grupo dos “descabelados” – assim se denominavam secretamente aqueles ardilosos monges – que acusaram os superiores de terem medo de aplicar o que já havia sido claramente assinalado nos debates da assembléia conciliar.

Neste momento, o Pe. Benedetto, totalmente abandonado, fechou-se em sua cela. Estávamos todos abandonados, embaraçados. Em silêncio.

À noite, como ele não fora jantar e nem aparecera para a oração das completas, pediram-me que fosse procurá-lo, como mediador.

O resultado foi tão inesperado que não pareceu real.

“Bem”, respondeu Pe. Benedetto, “faremos tudo como vocês disseram. A partir de amanhã celebraremos a Missa e todo o ofício em italiano”.

Das palavras aos fatos: de repente, alguém se descobriu poeta; outro, tradutor, e todos se tornaram profundos conhecedores de cantos e de partituras.

Pe. Benedetto, por sua vez, quis dar a todos uma grande demonstração de coragem, permitindo remover o altar e construir um novo, voltado para o povo. Agora a sorte já estava lançada [...]

[De Guido Innocenzo Gargano, “Camaldolesi nella spiritualità italiana del Novecento - II”, Edizioni Dehoniane, Bologna, 2001, páginas 112-115]

Para citar este texto:

Sandro Magister - "Canto Gregoriano: como e porque foi sufocado no seu próprio berço"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=canto_gregoriano〈=bra
Online, 15/07/2006 às 08:45h

Anónimo disse...

Rock cristão

PERGUNTA
Nome: Scarlet
Enviada em: 20/09/2004
Local: Natal - RN,
Religião: Católica
Idade: 23 anos
Escolaridade: Superior concluído
Profissão: Bacharel - Direito

Tipo... faço parte da MCDI - missão católica Deus de Israel e esta é uma casa de evangelização a qual se usa principalmente da música (temos uma banda). No que vocês sobre o rock, concordo no que diz ao uso deste ritmo para influenciar no comportamento de todos, principalmente por ser um ritmo atraente, Satã usa dele para atrair muitos. Mas, de acordo com o livro "Católicos - pode e não pode, por quê?", o padre autor do livro abriu minha mente nesse sentido e nos explica que podemos apreciar o rock sim, mas de maneira dosada e correta, ou seja, apreciando aquelas bandas e seus compositores que não incitam o público a sair por aí quebrando tudo ou influenciando na nossa fé. Temos aí bandas como "Eterna", que é o chamdo "white metal", ou seja, metal cristão, que tem lindas músicas falando de Jesus. Tem também a banda européia "Dream Theater", de metal melódico progressista, que tem uma linda música falando de Jesus. Eu recebi de Deus dons musicais e gosto muito de rock, e não faria músicas pra Jesus qunão fossem de rock, pois é assim que se chama a atenção das pessoas. Costumo dizer que gravarei um disco com mensagens ao contrário dizendo "Jesus Salva! Jesus Vive! Jesus Reina!", pois acho que devemos lutar também com as armas do inimigo. Devemos prestar atenção sim não só nessas bandas satânicas, mas nas músicas techno e new age, pois estas são piores que o rock, visto que estas liberam ondas sonoras imperceptíveis ao nosso cérebro e são cheias de minúcias. Creio que esta é a nova arma de Satã contra nós, cristãos. Quanto ao resto do texto concordo sim, e espalharei a url deste site para que todos aqueles puros de corção e confiantes em Deus possa ler as mensagens e entender como eu entendi.
Paz e Bem para todos e Caminhamos Com Jesus e Maria rumo à morada eterna!

RESPOSTA

Muito prezada Scarlet,
salve Maria!

Muito obrigado por difundir o site Montfort.

Não posso concordar com você a respeito de um rock "bonzinho" e "cristão".

Não conheço o livro do Padre a que você faz alusão. Mas há tempos, os padres, infelizmente, tentam inventar o baile "cristão", o liberalismo "cristão", o socialismo "cristão", o rock "cristão".

Logo mais eles vão inventar o satanismo "cristão".

Não sabem eles que Deus criou, sim, no inferno um lugar para os maus cristãos.

Porque, sem dúvida, há, sim, um inferno... "cristão".

Minha cara, desista de fazer um rock cristão. O White Metal é white só por fora. Por dentro é tão negro e satânico quanto os outros.

E não pense que fazendo um rock que fale de Jesus, estará tudo bem.

Lembre-se que Nosso Senhor nos disse : "Nem todo o que diz "Senhor", entrará no Reino dos Céus" (Mt VII, 21).

Muito menos tocando rock.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=arte&artigo=20040920170443&lang=bra

Anónimo disse...

Felizmente conheço pessoalmente alguns elementos da Banda Jota, que sempre que cativaram pela sua maneira de ser e de sorrir perante a vida.
A música de todos eles como banda (a que tive acesso mais tarde) fez-me encontrar a justificação de tudo o que eu tinha já encontrado.
Não sou praticante, e por isso não me sinto na legitimidade de me chamar "católico" (apesar de conhecer a realidade de perto), contudo acreditem que a música é -e está a ser- um veículo fantástico de Evangelizar... porque eu própio me senti aliciado a procurar a "Palavra" depois de os ouvir tocar e cantar.

Além disso, eu vivo no mundo da música, e por isso também sei identificar a boa música. Esta, além de ser bem "construída", tem alma! Garanto-vos.
Um abraço*

Anónimo disse...

Amigo anónimo, com certeza que se sente um soldado frustrado do pós guerra, não?
Eu não conheço a Banda Jota, mas acho que é de louvar o que eles fazem.
Creio, meu caro, que já devia ter aberto a persiana à vida, porque a música crsitã de hoje não sobrevive apenas com cantos gregorianos, Taizê e afins. Já olhou à sua volta?
Com o devido respeito, mas a sua falta de educação, sensibilidade e perspicácia é que não vai de encontro a Deus "que canta e que faz cantar a Vida".

Anónimo disse...

Estava agora aqui a reler certos post's e tive uma ligeira sensação de estarmos a lidar com alguém do Clero. Mas daquele Clero da Inquisição e dos exorcismos! Desculpem o sorriso irónico, mas... a evolução não é fantástica? Dêem-lhe espaço, por favor!
O Sr.Anónimo não vê na tv imagens das Jornadas Mundiais da Juventude? E aquela fé condensada em orações quietas, mas também envergada em pulos energéticos ao som da "música moderna" não o comovem? Cristo vive!
E tantos Santos lhe deram espaço...

Anónimo disse...

Uhmm...
Aquela carta aqui metida... A Banda Jota é rock cristão ou não é ? !!!